quarta-feira, 8 de junho de 2016

 HISTÓRICO DA EVOLUÇÃO DO IPv6.

O projeto Internet Protocol the Next Generation (IPng) representa o resultado da evolução de diferentes propostas IETF, bem como o esforço conjunto de vários grupos de trabalho. Conforme a RFC 1752 o projeto IPng sofreu a seguinte evolução:
a)        1990 - No encontro IETF de Vancouver conforme Frank Solensky, Phill Gross e Sue Hares afirmaram que à taxa de atribuição do espaço de endereçamento IPv4, as classes do tipo B estariam esgotadas possivelmente por volta de Março de 1994.
b)        1991 - A Internet Engineering Task Force (IETF) forma o grupo de trabalho Routing and Addressing (ROAD) no encontro de Santa Fé com o objetivo de encontrar uma solução para a exaustão do espaço de endereçamento IPv4.
c)        1992 - A Internet Association Board (IAB) apresenta o documento IP version 7 paralelamente aos esforços do grupo de trabalho ROAD, em que recomenda à IETF a preparação de um plano detalhado para o sucessor do protocolo IP. A IETF rejeita esta sugestão e apresenta pedido de propostas recomendadas pelo grupo ROAD. Como resposta a este pedido surgiram algumas propostas: - IP Encaps - Nimrod – Simple.
d)        1992 (finais) - Surgem mais três propostas: - The P Internet Protocol (PIP) - The Simple Internet Protocol (SIP) - TP/IX.
e)        1993 – Phil Gross – Internet Engineering Steering Group (IESG) apresenta um memorando intitulado "A Direction for IPng" onde anuncia a criação de uma área temporária para o IPng. CLNP e IP Encaps evoluem, dando origem respectivamente a TCP and UDP with Bigger Addresses, TUBA e IPAE.
f)         1993 (finais) - SIP evoluiu, abrangendo características do IPAE (IP Address Encapsulation). O IPAE foi adotado como estratégia de transição para o SIP (SimpleIP), proposto por Steve Deering em Novembro de 1992. O SIP aumentava o endereço IP para 64 bits, tornava a fragmentação de pacotes opcional e eliminava vários aspectos obsoletos do IP. 
Os principais objetivos da criação do IPv6 foram colmatar as principais falhas do IPv4 e introduzir novas funcionalidades:
a)        Aumento do número de endereços na Internet: Passamos assim a ter muitas vezes mais endereços IPs.
b)        Melhoramento do Roteamento: não havendo sobrecarga nos roteadores é possível ter um melhor desempenho na Internet.
c)        Possibilita a autoconfiguração, de modo a que seja retirado trabalho para o utilizador final, que deseja conectar a sua máquina em qualquer ponto da rede e obter rede e endereço IP.
d)        Operação em redes de alto débito: com redes cada vez mais rápidas, é necessário adaptar o protocolo para retirar a maior performance delas. Apesar de todas suas qualidades o IPv4 nunca foi pensado para redes de alto débito.
e)        Prover melhor segurança, pois cria mecanismos de proteção no próprio protocolo. A confidencialidade e privacidade, algo que falta no IPv4 e que é implementado a nível aplicacional. Torna-se necessário codificar os dados em nível de IP.
f)         Capacidade de QoS: dado que existe uma variedade de tipos de tráfego sobre IP, é necessário saber distingui-los e dar prioridades diferentes para cada caso, de modo a garantir uma qualidade de serviço.
g)        Suportar bilhões de hosts, mesmo que os endereços fossem alocados de forma ineficiente.
h)        Reduzir o tamanho da tabela de rotas.
i)          Simplificar o protocolo para permitir que os roteadores processem os pacotes mais rapidamente.
j)          Dar maior atenção ao tipo de serviço trafegado, particularmente para dados de Tempo Real.
k)        Permitir o escopo do alcance de um pacote (Multicasting).
l)          Fazer o possível para que um host tenha mobilidade sem mudar seu endereço.
m)      Permitir que o protocolo evolua no futuro.
n)        Permitir que protocolos antigos e novos coexistam por anos.
Uma das primeiras problemáticas sentidas, quando tratamos do IPv4, foi justamente o começo da carência, e em alguns lugares até mesmo a extinção, de pacotes de endereços IP, devido a todos os fatores supracitados bem como a subutilização no começo da implementação deste protocolo. O Protocolo de internet na sua versão 4 utiliza 32 bits para compor seus endereços o que nos da 232 (4.294.967.269 endereços), mesmo parecendo uma quantidade absurda, porém já não são mais suficientes para acompanhar o crescimento da internet e do acesso que cada vez mais pessoas possuem a rede mundial.
Uma das grandes vantagens do Protocolo de Internet na sua versão 6 é justamente o numero de endereços que é possível obter, tendo em vista que já não usa mais 32 bits como seu antecessor e sim 128 bits para compor seus endereços o que nos da a possibilidade de obtermos 79 octilhões de vezes a quantidade de endereços IPv4, aproximadamente 5,6 x 1028 endereços IP’s por pessoa.


O uso de Fibras Ópticas nas redes de computadores.

Com o aumento da carga nas comunicações via rede de dados surgem problemáticas, principalmente no que tange a utilização dos tradicionais cabos de cobre em pares trançados, bem como o uso de redes sem fio de longas distâncias. Os principais percalços nestes meios de comunicação vão desde durabilidade dos cabos, interferências eletromagnéticas que afetam tanto os pares trançados quanto as redes sem fio e principalmente a integridade, confiabilidade, disponibilidade e eficiência dos dados que trafegam nestas redes.
Além dos problemas de infraestrutura supracitados, podemos também citar uma outra fragilidade gravíssima de enlaces de cabos metálicos e principalmente os enlaces de redes sem fio, que é a vulnerabilidade dos dados que trafegam por estas redes, a alta suscetibilidade a interferências eletromagnéticas é um dos principais fatores que facilitam diversos tipos de ataques as redes de computadores. Atualmente são de fácil acesso e muito bem explicados diversos tutoriais em páginas da internet que demonstram de maneira minuciosa como invadir uma rede de dados.
A tecnologia de fibra ótica como meio guiado na transmissão dos dados supri todas as problemáticas encontradas nos outros meios, pois por serem constituídas de materialdielétrico (plástico e vidro) as fibras óticas tornam-se imunes a interferências eletromagnéticas e por utilizarem pulsos luminosos como meio de transmissão dos dados proporcionam taxas de transmissão muito maiores que nos enlaces metálicos ou sem fio. Além das taxas de transmissão elevadas e maior velocidade nas comunicações as fibras ópticas garantem maior segurança nos dados que trafegam em seu interior tornando-se muito difícil um invasor obter êxito ao atacar uma rede estruturada em fibra óptica.
As características especiais das fibras óticas implicam consideráveis vantagens em relação aos suportes físicos de transmissão convencionais, tais como o par metálico e o cabo coaxial. Mesmo considerando-se o suporte de radiofrequência em micro-ondas, a transmissão por fibras óticas oferece condições bastante vantajosas. As poucas desvantagens no uso da fibra podem, em geral, ser consideradas transitórias   pois resultam principalmente da relativa novidade da tecnologia e técnicas empregadas. (PINHEIRO 2002)